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Biblioteca franciscana é referência no Brasil


 
 
 
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Data: 17/04/2012
 
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28/03/2012

Biblioteca franciscana é referência no Brasil


Leia a matéria na íntegra que o Jornal "Diário de Petrópolis" publicou no domingo (25/03) sobre a Biblioteca do ITF.

João Vitor Caravalho
(Diário de Petrópolis, nº16.105 – Domingo, 25 de março de 2012, p.12)

Laboratório cultural. Talvez seja esse o termo que defina melhor o que é uma biblioteca. Para os estudantes, acadêmicos, pesquisadores, ou simplesmente aqueles que apreciam e cultivam o hábito da leitura, um local ideal. Petrópolis e os petropolitanos têm a sorte de contar com várias delas, algumas, como a do Instituto Teológico Franciscano (ITF), são verdadeiras referências na Região e, por que não, no Brasil. A biblioteca instalada no ITF condiz com a imponente construção, impossível de não ser notada e admirada por quem passa na Rua Coronel Veiga. O acervo de 160 mil volumes, cerca de 120 mil títulos, angariados em 115 anos de história.

História essa que coincide com a chegada dos primeiros franciscanos em Petrópolis, em 1896, conforme nos conta o Frei Elói Dionísio Piva, coordenador-geral da biblioteca. De acordo com ele, inicialmente tratava-se um pequeno acervo, acolhido em uma pequena sala de convivência, disponibilizada aos frades alemães da chamada fase de restauração da antiga Província Franciscana da Imaculada Conceição, quase extinta ao final do Império.

“Junto desses frades, chegaram jovens alemães, que precisavam de estudos. A partir daí a gente considera o início da atual Faculdade de Teologia e da Biblioteca. Eram necessários livros, na época reservados aos docentes – aos frades estudantes. Mas ela foi evoluindo, então passou a ser inserida nas dependências do instituto, numa sala de aula, nos corredores, já sendo disponibilizada aos estudantes. Depois ela foi instalada em uma sala onde atualmente é a editora Vozes e lá, em 2002, ela foi transferida para cá, quando começamos em pleno funcionamento” – resumiu Frei Piva.

Tratava-se, de acordo com o frei, de uma necessidade, uma vez que o prédio onde estava instalada não dispunha para a melhor conservação e nem de um espaço amplo para estudos. Para comportar o acervo, instalado no prédio onde funcionava o tradicional Colégio São Vicente, hoje ITF, foram necessárias reformas.

A biblioteca leva o nome do Frei Constantino Koser, estudante do ITF na década de quarenta, que também foi professor do instituto e ministro geral. A homenagem oficial, quando a biblioteca recebeu o nome de um dos maios expoentes da ordem dos franciscanos, ocorreu em 2010, dez anos após a morte dele, com 88 anos.

“Frei Constantino foi um estudante brilhante, foi professor do ITF e tinha um grande amor pelos estudos e pela Biblioteca. Ele foi responsável por conseguir boa parte do acervo que hoje temos aqui e também pela organização da biblioteca por um sistema alfanumérico” – lembrou Frei Piva.

Foco é o Campo da Teologia: Doações aumentam acervo

O acervo foi conquistado a partir de doações, permutas – nos que diz respeito aos periódicos – e aquisições. Cerca de 90% dos mais de 160 mil volumes, divididos em uma ampla estrutura física de cinco níveis, são dedicados, naturalmente, ao campo da teologia. Trata-se de uma biblioteca de nível acadêmico, logo, muito requisitada por pesquisadores, graduandos e pós-graduandos. Apesar disso, ela é aberta ao público em geral e também conta com títulos de outras áreas dos pensamentos acadêmicos, essencialmente da área das ciências humanas.

“É uma biblioteca de nível universitário, focada na teologia, no estudo das religiões, mas principalmente no cristianismo. A teologia não é uma ciência isolada e está inserida na área do conhecimento humano, portanto também se encontra muita coisa aqui de áreas como psicologia, pedagogia, economia – enquanto ciência humana –, filosofia e também alguma coisa de literatura”, explica o Frei.

Pode-se dizer que a biblioteca do ITF é uma referência nacional para o campo da teologia, assim como é o próprio instituto, que conta com o reconhecimento internacional, por conta de expoentes e renomados professores, como o próprio Frei Constantino Koser, Dom Paulo Evaristo Arns e também por causa da editora Vozes.

“Somos um polo de atração no que diz respeito ao saber teológico”, afirma o frei.

O acervo conta com algumas raridades. Dessa vez, quem fala um pouco sobre elas é a auxiliar de biblioteca Érica D’Azevedo.
“Temos fac-símiles, que são livros feitos em reprodução fotográfica dos originais. Temos, por exemplo, o fac-símile da Bíblia Gutemberg (o primeiro livro impresso, de 1455). Também temos algumas curiosidades, como Bíblias em línguas como chinês, croata, grego, kimbundo (língua africana), esperanto. Entre os originais, temos um livro de 1583, a constituição dos Santos Padres, feito em papel linho e a capa de pergaminho animal”, revela.

Também é cuidado na conservação, que esses livros são manuseados apenas com luvas, para que não haja qualquer risco de danificar obras tão raras. Antes administrada somente pelos frades, a biblioteca hoje conta com profissionais da área, como a própria Érica e a bibliotecária Márcia Dalmácio.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
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