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“Quanto vale a vida?” foi o tema da 2ª Noite Cultural do ITF


 
 
 
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Data: 15/06/2012
 
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15/06/2012

“Quanto vale a vida?” foi o tema da 2ª Noite Cultural do ITF

Por Matheus Castro

Petrópolis (RJ) – Na noite do dia 14 de junho, o Instituto Teológico Franciscano realizou sua segunda Noite Cultural do ano, sob a temática “Quanto vale a vida?” Reunindo num mesmo painel Frei Vitório Mazzuco – mestre em espiritualidade franciscana, falando sobre “A cosmovisão Franciscana”; Moema Miranda – antropóloga, expondo acerca da “Cúpula dos Povos e Rio+20: Que modelo de desenvolvimento tem sido pautado?”; Frei Rodrigo Peret – do Sinfrajupe (Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia), abordando a “Economia Verde: Qual o valor da natureza?”; e Fabiano Viana – assessor de imprensa do Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade), falando sobre a campanha “Não à Economia Verde”.

Neste evento marcaram presença pessoas da sociedade civil petropolitana, da JUFRA (Juventude Franciscana), da OFS (Ordem Franciscana Secular), de São Paulo, da baixada Fluminense e do Rio de Janeiro. Ao acolher e dar início à Noite Cultural, o reitor do ITF, Frei Sandro Roberto da Costa, deu boas vindas a todos e explicou o objetivo da Instituição ao promover um evento como esse: “O ITF, em parceria com o SEFRAS, traz, nesta noite, este evento que vem ao encontro do que acontece no Rio de Janeiro por esses dias, a Rio+20. É a Rio+20 e a Cúpula dos Povos subindo a Serra, já que muitos de nós não teremos oportunidade de participar”.

Frei Vitório Mazzuco, moderador do painel, também expôs o tema “A cosmovisão Franciscana”. Em sua fala ele ressaltou a proposta franciscana de ver o mundo. “O olhar encantado de Francisco apontou para a necessidade de compreender que todos somos irmãos, morando na mesma casa. E hoje, na atual conjuntura, torna-se necessário reconstruir nossa casa, colocando todos os irmãos, as irmãs e as criaturas, em pé de convivência”, afirmou.

Destacou, também, que hoje somos aprendizes do uso e não da vivência. A cosmovisão ensina que, para tanto, é necessário aprender o sentido do caminho. Ao caminhar dentro da casa cuida-se dela e não somente a desfrutamos sem medida. É preciso reconstruir a casa e isso implica no compromisso de cada um. “Viver na mística da existência é não viver na passividade. Ao sair da condição de meros expectadores e assumindo a defesa da vida é que estaremos nos colocando na mística da relação”, afirmou o palestrante. E concluiu sua fala, convocando os presentes a perceber que todos os seres estão em relação uns com os outros.

Dando sequência à pauta do painel, a antropóloga Moema Mirando, expôs o tema “Cúpula dos Povos e Rio+20: Que modelo de desenvolvimento tem sido pautado?”. Partindo da palavra des-envolvimento, a palestrante apontou para a questão crucial: o cuidado para com a vida e não apenas certa obtenção de riqueza por meio dela. “A ideia de desenvolvimento compartilhada pelas forças de direita e de esquerda é: desenvolvimento máximo das forças produtivas como forma de enfrentar a escassez de recursos. Eis a questão do cuidado para com a natureza, não apenas retirar dela tudo quanto for possível. Cabe então indagar: depois de séculos de desenvolvimento, quais são os efeitos sobre o mundo?”, interrogou Moema.

Outra questão apontada por ela foi a partilha de renda. Através de alguns slides (clique aqui para visualizá-los) a antropóloga abordou a desigualdade social e a retenção de poder econômico que há no globo terrestre. “Agora está na hora de olhar para nossa realidade e se colocar de um modo diferente. É preciso questionar: será que precisamos de tanto? A espécie humana tem medo de enfrentar aquilo que a assombra. Mas, é preciso enfrentar”, afirmou. Ao concluir sua exposição, destacou a relevante tarefa de se ter um diálogo fraterno e dizer ‘basta’ ao tipo de desenvolvimento atual.

Em seguida Frei Rodrigo Peret, a partir de sua vasta experiência com agricultores populares apresentou o tema: “Economia Verde: Qual o valor da natureza?” Partindo da atual conjuntura socioeconômica atual, apresentou sua inquietação frente ao desenvolvimento, ao consumismo e à desvalorização da natureza. “A relação do ser humano com a natureza segue o sistema de interação da própria vida, pois estão interligados. Agora, é preciso perceber que tipo de compreensão é proposta na ‘economia verde’. Este ‘verde’ indica de fato respeito para com a natureza, ou é apenas para resguardar algo, a partir da tecnologia evolucional que vai se tendo?”, questionou.

O palestrante destacou a importância de não se ficar na passividade, mas de assumir a defesa da vida. Apontou, com alegria, a participação dos jovens, em especial da JUFRA, neste processo de democratização da informação e divulgação sobre o que estão os governos e grupos econômicos fazendo. “Nós não temos uma solução, mas uma contribuição”, afirmou Frei Rodrigo, ao finalizar sua participação.

Ao término do painel, o assessor de imprensa do SEFRAS, Fabiano Viana, que é formado em jornalismo, expôs brevemente a Campanha “Não à Economia Verde”. Sobre isso, veja mais informação em http://nogreeneconomy.org/pt-br/

Frei Vitório Mazzuco, ao encerrar o painel, convidou os presentes a participarem da Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro (Veja a programação em: cupuladospovos.org.br). Frei Sandro Roberto da Costa deu por encerrada a 2ª Noite Cultural do ano, agradecendo a presença de todos.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
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